Ancorada em saberes ancestrais do uso medicinal da natureza, mas embasada na ciência moderna, a aromaterapia utiliza as propriedades dos óleos essenciais extraídos das plantas em toda a sua potência para tratar de questões físicas, emocionais e psicofísicas de seres-humanos e animais.
Embora exista o ofício formal de um aromaterapeuta, o uso visa a autonomia e o cuidado no dia a dia e qualquer pessoa pode fazer uso da técnica e suas infinitas — e criativas — possibilidades.
Há quem goste de difusores de ambiente (aqueles ligados à tomada), outros preferem inalar em uma respiração profunda algumas vezes ao dia. Há também quem use em automassagem. Além disso, na cosmética natural e artesanal não é raro encontrar óleos essenciais como lavanda, gerânio, alecrim e laranja-doce, os mais populares entre centenas de tipos. Inclusive, eles podem ser adicionados a argilas, shampoos e loções.
Como usar seu óleo
O uso da aromaterapia nunca foi tão popular e, embora seja para todos, pede conhecimento. Para um bom começo, é preciso entender que óleos essenciais são substância naturais formadas pelas moléculas químicas responsáveis pelo aroma das plantas. Por isso o nome aromaterapia, aliás.
“Acontece muito de as pessoas lerem no rótulo a palavra essência e acharem que é o mesmo que óleo essencial. Mas essências são sintéticas, feitas em laboratórios. Podem até ter um cheiro semelhante, mas são vazios em composição terapêutica. Há riscos de alergias”, esclarece a aromaterapeuta Katia Pawlowskij, da Grama Sabonetes, em São Paulo.
Há poucas regras, mas que são essenciais para manter a segurança e eficácia. A mais importante é nunca aplicá-los diretamente sobre a pele, prática que pode ocasionar de queimaduras à reações alérgicas mais leves.
“É que são usadas toneladas de uma planta para algumas gotas de um frasco de 5 ml de óleo essencial. Uma única gota já tem uma alta concentração”, explica Katia. Por isso eles devem ser diluídos em um veículo carreador, como óleos 100% vegetais ou loções naturais.

Alguns cuidados com óleos essenciais
Há algumas escolas internacionais de aromaterapia que sugerem a ingestão oral de óleos essenciais. No entanto, as mais comuns praticadas no Brasil, bem como guias produzidos por marcas reconhecidas como Terra flor, By Samia e Lazlo, e livros especializados no tema, como “A Bíblia da Aromaterapia”, são contra a prática da ingestão, e suas recomendações de uso com segurança ainda sugerem evitar contato com áreas delicadas, como boca e região dos olhos.
Gestantes, animais e crianças também pedem cuidado na quantidade e uso de alguns OES específicos. Nesses casos, vale procurar a orientação de um aromaterapeuta profissional.
Os cinco óleos essenciais para o dia a dia
Se quiser montar seu kit básico, aqui estão nossas sugestões versáteis e cheias de beneficios





Lavanda: relaxante, muito usado para problemas para dormir e ansiedade. Também é cicatrizante e antisséptica.
Gerânio: conhecido como o óleo do feminino, auxilia na regulação hormonal e suaviza sintomas da TPM. Também é um regenerador cutâneo.
Hortelã-pimenta: muito útil para tratar desequilíbrios hormonais femininos e, nas emoções, traz vitalidade e clareza mental.
Tea-tree (melaleuca): cicatrizante, bactericida e fungicida. Na cosmética, trata caspa e acne. É muito usado em loções para barba e shampoos.
Ylang-Ylang: de perfume intenso, ele é muito conhecido como um afrodisíaco natural. Tem propriedades que acalmam tensões emocionais e ansiedade, além de ser indicado em casos de cansaço físico e estresse. ▲